segunda-feira, 31 de maio de 2010

And Justice For All.

Abraços não são contratos nem um caso é o retrato fiel de como fomos alvo fácil pra quem nego chamar de "amor". Minha garganta treme e faz o que for preciso pra não permitir.

Dispenso qualquer conselho, aposto mesmo é no improvável e vou catalogando cada acerto. Comprovando que o norte comum que tanto procuramos pode estar no erro de se entregar.

Às vezes são tão altas as vozes de fora, que a gente acaba não ouvindo o peito gritando. Honestamente, o meu peito é que gritou alto demais, calando as vozes de fora. Ás vezes em que acertei são minoria, mas eu aprendi demais, justamente por errar demais. Nada mudou: continua tudo mudando a todo minuto.

Não consigo aceitar o que é certo fazer. Mesmo agindo, alguma parte de mim quer contrariar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

It's The Only One You've Got.

Como você sabe pra onde está indo?
Quando não sabe onde estava?
Você esconde a vergonha que você não mostra
E não deixa ninguém perceber
Uma rua cheia de pessoas pode ser um lugar calmo
Quando você está andando sozinho
Então você pensa que é o único que:
Não deve tentar
E que não deve falhar
Você tem tanto medo de voar
Que acha que jamais conseguiria

Você se esconde atrás de suas paredes
Porque talvez assim não se machucará
Esquecendo que há algo a mais
Do que apenas se conhecer melhor
Agora seus erros não definem você
Eles te dizem quem você não é
Você tem que viver essa vida que lhe foi dada
Como se fosse a única coisa que você tivesse

As memórias lhe deixaram despedaçado
E as feridas nunca se curam
O vazio dentro de você está crescendo tão devagar
Que dá para sentir
Você se assusta quando olha para alguns dias atrás
Você está tão cansado para agir
Então você pensa que é o único que:
Não deve tentar
E que não deve falhar
Você tem tanto medo de voar
Que acha que jamais conseguiria

O que é preciso
Para te fazer dizer, eu tentarei??
E o que você diria se este fosse último dia de sua vida?

Chega de pensar, aja, escute o que o coração fala!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Não.

Se a gente juntar com a pá migalhas e farelos, o pó e os cacos que sobraram de nós dois, acho que faz um inteiro. Será que não? E aí? Que tal? Vamos? Como soa dividir comigo essa existência idiotamente ridícula, morna, real, estúpida, bagaceira e imbecil? Vamos fazer diferente, como ninguém mais sabe fazer, só nós? Diz que vamos, vai.

Não? É tudo que precisa pra começar a me conquistar. Digo que não com os olhos cheios de esperança. Com duzentos "nãos" você constrói um castelo, uma roda gigante, uma cabaninha de lençol na sala, um altar, um amor, um sim bem grande. Com um sim entre você e eu, me rouba inteira e metade da felicidade do mundo. Digo que não, ponho uma meta no seu colo, tipo num processo de seleção feminina só pra você provar que é o cara.

Isso, faço assim. Me faço de labirinto quando você se oferece em linha reta. Digo que metade de você, a parte amigo, tá bom, só pra te empurrar inteiro coração adentro, goela abaixo, com toda a calma do mundo. Isso, faço assim. Dou voltas e voltas e voltas na chave da minha emoção só pra você se exibir que pode me desarmar, desarrumar minha vida e meus cabelos. Embora você não me ame ainda, mesmo o amor não existindo, digo não e te encorajo a pôr tudo à prova.

Finjirei não te querer, disfarçarei o brilho no olhar, esconderei o sorriso atrás dos cabelos, ganharei torcicolo de tanto cuidar o outro lado, mostrarei o cofrinho se abaixando quando você passar rasando, ficarei o tempo todo pensando no jeito infalível de ganhar o Oscar de melhor "tô nem aí". Te acharei chato se me procurar, te acharei o homem da minha vida se você sumir, te verei feio do meu lado, te verei lindo do lado das outras. Vou dizer trocentas vezes pro espelho da minha bolsa que és o cara mais idiota, mais engraçado, mais fajuto, mais encantador que eu fingi não gostar.

Perfeito assim. Fosse sem esses enigmas, sem esses rodeios, sem esses movimentos, sem esses contrastes você me rejeitaria como todas as outras. Vou assim como uma onda que não se congela pra você pegar.

Inspirado no texto "Inspirado no cheiro da sua mão", de Gabito Nunes. @CarasComoEu

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Inexplicável

O que eu estou sentindo agora é inexplicável. É felicidade misturada com raiva. Na minha mente tudo está virado, de cabeça pro ar, nada se encaixa, pensamentos vão surgindo um em cima do outro e vira uma bagunça, que se chama confusão. Eu não sei o que acontece, é surreal nunca tinha rolado antes. Experiência nova, uma loucura. Estou de boa, não sei como cheguei a ficar tão tranqüila, depois de tudo. Será que é um vício? Uma necessidade? Sei lá. Só sei que tudo está tão confuso... Nem eu me entendo mais. I missed, but I killed it. Passa o tempo, até melhorou alguns aspectos, mas tá tudo tão estranho, que sentimentos bons se tornaram frustantes e vulneráveis, porém, só o convívio pra mostrar que sentimentos são esses que me matam.