quinta-feira, 17 de junho de 2010

Brasil e Argentina.



Podem me chamar de imbecil, trouxa, idiota e qualquer adjetivo que seja proveniente de quem não aceita a paixão de um ser humano por dois países, duas nações, dois times de Copa Do Mundo. Estou aqui pra declarar que sou Brasil e Argentina, SIM!

O país de onde eu nasci, de onde eu vim, é o Brasil, e eu me orgulho muito disso. Mas também, tem a Argentina, país que o meu pai nasceu, e viveu a maior parte da vida dele! Minha mãe tem parentes por lá também, e quando fui pra lá pela primeira vez, me encantei, fiquei admirada com o povo argentino!

Talvez seja a única gaúcha que torça pro Brasil e pra Argentina, que estará satisfeita se o Brasil ganhar o Hexa ou a Argentina o Tri, que seja! Eu gosto do espetáculo que proporcionam Brasil e Argentina. Perdendo ou ganhando a vida continua, as mazelas políticas e sociais continuarão a existir.

E além do mais, a Argentina e o Brasil compartilham 1.261 km de fronteiras. O maior ícone do lazer compartilhado são as deslumbrantes - espetaculares Cataratas do Iguaçu. O intercâmbio cultural sempre foi frutífero e intenso: desde as origens afins do tango e do chorinho, passando pelo mate/chimarrão, o assado/churrasco, a paixão pelo futebol; Perón e Vargas; ditaduras militares; e as reuniões de cúpula entre Ástor Piazzolla e Tom Jobim, as visitas freqüentes de Vinicius de Moraes à Argentina, as amizades musicais entre Mercedes Sosa, Milton Nascimento, Chico Buarque, Víctor Heredia, Os Paralamas do Sucesso, Charly García e Fito Páez; a permanência do escritor argentino Manuel Puig no Rio de Janeiro; e também do diretor de cinema Héctor Babenco. Em poucas palavras, tão estreita e longeva fraternidade cresce indefinidamente!

Pra tu ver, como a mente das pessoas é facilmente manipulada. Hoje em dia o pessoal vai mais na pilha das pessoas, e apesar de se negar a certos preconceitos a pessoa aceita internalmente. É claro, a mídia está por trás disso, com algumas poucas pessoas manipulando. A Globo superestima a rivalidade, ato bastante desagradável. Quanto mais unidos formos, melhor. Acho uma babaquice, quando saio na rua com uma camiseta da Argentina, e alguns me olharem com cara feia ou ficar cochichando algo.

Não tenho nenhuma rixa com argentinos, pelo contrário, conheço muitos na vida real, a família por parte de pai que mora em Posadas, com quem sempre me dei bem (apesar do portunhol falado, contradizendo a minha escrita). Apesar dessa rivalidade esportiva, não pode haver um real conflito, e não há razão nenhuma pra isso.
Dizer que argentino é convencido, que português é burro, que japonês tem órgão pequeno, etc., é uma besteira em grande escala. E, mesmo se fossem dados verídicos, não poderia haver generalização.

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